A estrutura da indústria ferroviaria é um sistema bastante complexo de se entender. São inúmeros os elementos que compõem a sua superfície e, inclusive, profissionais da área a denominam Via Permanente (nome de nossa empresa).
No blog de hoje, iremos destrinchar algumas das peças fundamentais do dia a dia de uma ferrovia. São elas: lastro, dormentes, trilhos, fixações e AMVs.
A primeira peça sobre a qual iremos abordar é o lastro. Ele é uma camada localizada entre a plataforma e os dormentes, e sua principal função é equilibrar a distribuição de esforço dos veículos que passam por cima, atenuando irregularidades. Suas principais características, como elastiscidade e resistência mecância, são responsáveis por garantir essa estabilidade.
Outro elemento importante são os dormentes, responsáveis por garantir a fixação do trilho e manter a constância da bitola. Dessa forma, ele garante que o peso das cargas que passam por cima sejam absorvidas e redistribuidas uniformemente para o lastro. O dormente pode ser feito com diferentes tipos de material, como madeira, concreto, aço e plástico.
Quanto aos trilhos, é evidente que sua principal função é guir e sustentar os veículos durante o trajeto. Sua composição geralmente é feita de aço, devido a alta demanda de resistência e durabilidade. Além disso, a bitola é uma outra parte dessa composição que vale ressaltar quando falamos sobre os trilhos. Ela é a distância entre as faces internas dos trilhos, calculada de forma prévia para garantir a segurança na passagem dos trens.
Adicionalmente, outro responsável pela manutenção dos trilhos na posição correta é a fixação, pois elas garantem a permanencia da bitola na posição correta. Elas podem ser rígidas (compostas de pregos e parafusos, mas com o tempo perdem um pouco de resistência) ou elásticas (não costumam afrouxar, mantendo a constancia na pressão).
Por fim, temos o AVM (Aparelho de Mudança de Via). É um mecanismo responsável por fazer a mudança de rota dos veículos e existem três tipos dele. Sua primeira modalidade é a de controle manual, e como o próprio nome já diz, é acionado manualmente por meio de uma trava que controla as agulhas. O segundo modelo é o controle via mola, em que existe uma mola que faz a troca de posição dos trilhos, retornando após a passagem do trem. O terceiro é o controle via circuito elétrico, o modelo mais automatizado entre os três, e que funciona por comandos e aparelhos eletrônicos, além de uma chave de circuito, que impede a alteração das rotas dos veículos.